terça-feira, 5 de abril de 2011

Mais do Aeromóvel (Old but gold)

Este programa de perguntas e respostas japonês, acho que da década de 80 (pelas roupas da repórter e pela cara dos ônibus), mostra a inovação do Aeromóvel no RS. Pra variar, como em toda reportagem japonesa para entretenimento, ela arranca risadas da plateia ao se embananar com os controles, mostrar o sistema de ar pressurizado (Que bagunça com seus cabelos) e tentar se comunicar com um motorista de ônibus brasileiro.

Este documentário, não muito mais recente que o vídeo anterior, porém com a seriedade de um Discovery Channel, mostra o sistema como novidade implantada recentemente (na época) em Jacarta, Indonésia. É o Brasil que a Globo não mostra.

O Aeromóvel é uma invenção brasileira, cujos investidores brasileiros não botaram muita fé. Mas agora, parece que a coisa está mudando aos poucos, com uma linha de Aeromóvel a ser implantada no Aeroporto de Porto Alegre.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

BR Tablet (Lap Tup-niquim): Que fim levou?

(Copiado deste site)

Na cidade de Serrana, próxima à Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, nasceu uma idéia que se apresenta como uma alternativa aos programas de inclusão digital na educação. O projeto, batizado de Lap Tup-niquim, envolve um conceito novo, com uma tela sob a carteira sensível a toques, sobre a qual se pode escrever, fazer desenhos ou equações. A tecnologia empregada, conhecida como BR Tablet, é nacional e foi patenteada pelo Centro de Pesquisas Renato Archer (CenPRA). Neste mês de abril, cerca de 250 carteiras digitais irão chegar às salas de aula da cidade.
A carteira digital tem a aparência e a utilidade de uma convencional. Sobre o seu tampo de vidro, o aluno escreve e apóia livros normalmente. Mas, caso a professora deseje, o tampo torna-se um monitor de computador, sensível ao toque, sobre o qual o aluno escreve, desenha, faz cálculos, acessa a internet e trabalha com softwares educacionais. O tampo pode ser levantado, e abaixo dele fica um teclado, caso seja necessário digitar. A CPU do computador fica integrada ao tampo.
Aluna experimenta a carteira digital em evento. Fotos: Victor Mammana

Miguel João, diretor de Projetos de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Serrana, afirma que a cidade investe muito em educação e já tinha instalado em salas de aula a lousa digital; uma superfície que serve tanto para que o professor escreva, quanto para projetar imagens de um computador, como apresentações de slides ou sites da internet. “Quando nós conhecemos o trabalho do Victor Mammana e da Alaíde Mamman, desenvolvedores da tecnologia do BR Tablet, nós tivemos a idéia da carteira”, conta.
A patente do BR Tablet foi registrada pelo CenPRA em 2001 e concedida nos Estados Unidos em 2005, e Victor Mammana, pesquisador chefe da Divisão de Mostradores da Informação é um de seus autores. Existem várias patentes para telas de toque, mas há duas singularidades na do Tablet brasileiro: o preço final, muito inferior ao de outras tecnologias e o seu funcionamento multiponto, em que a tela pode ser tocada em vários lugares ao mesmo tempo. “Quando eu apresentei nossos trabalhos com o Tablet, muitas idéias de aplicação vieram até mim. A que mais me chamou atenção foi a de Serrana. Estamos trabalhando juntos. Meu papel foi colocar a tecnologia funcionando nas carteiras”, diz Mammana.
A maneira como um usuário interage com uma máquina, tecnicamente conhecida por interface, é totalmente alterada nesse modelo da carteira digital. O Lap Tup-niquim utiliza-se de um conceito novo de interação, denominado Surface PC, ou computador de superfície. Desse modo, um usuário não usa mouses ou teclados, todo o clique e escrita são feitos através de uma caneta que toca a tela. A tecnologia do Tablet, do CenPRA, liberada para uso nesse projeto com escolas públicas, barateou muito o display, pois é fabricada com materiais mais simples e, ao invés de usar o toque com os dedos, usa uma caneta. A diferença de preço chega a ser até 15 vezes menor do que os displays de toque convencionais.
Victor Mammana foi um dos avaliadores do programa “Um computador por aluno”, do governo federal. Os laptops de US$ 100 da OLPC (Um computador por criança, na sigla em inglês) e os modelos da Intel eram submetidos a ele para que fossem estudadas as condições de ergonomia e trabalho com estes computadores. "Nós tínhamos a impressão de que o display de 7 polegadas era pequeno demais e prejudicava o aluno. Até que fizemos um trabalho de ergonomia cognitiva que atestava isso. Para esse trabalho, contei com a colaboração das professoras Cynthia Hiraga, da USP, e Ana Maria Pellegrini, da Unesp, que coordenaram as atividades de avaliação cognitiva e postural", conta. "O que me encantou na idéia de Serrana é que ela traz o computador para a sala de aula sem interferir na dinâmica dela. É uma carteira, que pode servir para apoiar um livro e escrever, mas também é um computador, que a qualquer momento pode acessar a Wikipedia ou o Google Earth", completa.
O pesquisador afirma que a carteira digital ainda não tem um preço definido. Os 250 protótipos de Serrana estão com um custo de aproximadamente R$ 1 mil por unidade. O grande problema, segundo ele, é que os laptops de US$ 100 estão saindo por quase US$ 400, cerca de R$ 700. “Tanto é que o MEC Ministério da Educação fez uma licitação para comprar laptops, que foi cancelada. Com R$ 750, você compra um desktop com uma configuração muito superior a esses laptops”, argumenta.
No programa de Serrana, o custo é afetado pelo fato da produção das carteiras digitais não ser industrializada. O pesquisador do CenPRA acredita que numa escala maior, o preço pode ser reduzido para até R$ 800, um valor próximo ao atual dos laptops. Na cidade do interior, o processo de fabricação é feito por incubadoras sociais. A prefeitura centralizou os serviços de serralheria, pintura, eletricista e marcenaria e criou o Centro de Reuso de Equipamentos de Serrana. Ali, as carteiras convencionais são reformadas e convertidas em digitais.
Miguel João, da Prefeitura, fala das vantagens que enxerga nesse modelo. “Nós estamos reutilizando as próprias carteiras que tínhamos antes, e fazendo isto na própria cidade. Além disto, existe a questão do empoderamento. Quando a própria população participa do processo produtivo, a comunidade tem orgulho disto. Além disso, tendo o controle do processo no local, nós podemos experimentar alterações no projeto. Agora, por exemplo, estamos trabalhando num modelo para cadeirantes”.
Victor Mammana, do CenPRA, enxerga o projeto indo adiante no país. Ele relata que a Secretaria de Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia tem interesse no Lap Tup-niquim. “O Tablet resgata a escrita. A criança usa o computador, mas mantém a escrita. Há uma interação direta com a imagem. Não tem mouse, o que evita problemas ergonômicos, usando-se a caneta. O laptop da OLPC tem um display muito pequeno, o que dificulta muito pedagogicamente”, avalia.


Engraçado que eu não me lembro de uma coisa dessas passar na TV. Um projeto revolucionário desses, com certeza não deve ter passado dos limites de Serrana, sendo assim mais um gênio desperdiçado, infelizmente. Afinal, o Brasil faz de tudo para manter a sua educação no nível baixo onde está, com raríssimas exceções.

Gostaria - E muito - de estar errado.

Mais informações neste site e neste site.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Por onde anda... Antônio Dariva e seu Motor DMEC a ar comprimido?




Da descrição do vídeo do Youtube:

"O técnico mecânico com experiência a mais de 45 anos em motores de combustão interna, o Sr. Antônio Dariva(Pedro), leva a sério sua invenção:

Um motor que funciona com AR COMPRIMIDO, sem uso de combustíveis tradicionais e capaz de se auto-abastecer. O equipamento é apontado pelo seu criador como o novo paradigma em motores, que tem como sigla "MCI" Motores de Compressão induzida.

Tudo começou há mais de 25 anos, quando Dariva teve a idéia de usar AR COMPRIMIDO para mover os pistões de um motor.

O motor a combustão interna funciona por causa do aumento de pressão, então analisou que, se usasse outro produto para provocar essa mudança de pressão, seria possível fazer o mecanismo funcionar sem jogar puluição no ar e desacelerando o aquecimento global.

Site oficial: http://www.dmec.com.br"

Desde então, o site está naquela incômoda fase de "Aguarde...", afinal nós conhecemos muito bem o que acontece com um inventor brasileiro e com um inventor de algo revolucionário... Imagina então com um inventor brasileiro de algo revolucionário.

A notícia mais recente partiu cerca de um ano atrás de um usuário do Youtube conhecido apenas como Henriabreu77 :
"Trabalho com o Sr. Dariva e posso garantir que o projeto está bem avançado."

Será?

Ou o Sr. Dariva será mais um Gênio desperdiçado no Brasil?

O tempo será o juiz... Rezemos para que pelo menos esse talento não seja desperdiçado.

EDIT: O banqueiro Flávio Pentagna Guimarães, dono do Grupo BMG (Sim, aquele dos bancos de crédito) comprou parte da empresa que está a produzir o motor, ou seja: Não será desta vez que haverá desperdício. Lendo o texto (parte aqui, parte aqui), se vê que o cara está engajado em aproveitar invenções de todas as partes para os mais variados fins. Caras assim deviam ser Presidentes da República.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Você é um Gênio?

Você se considera um Gênio? Possui ideias que andam enferrujando porque não acha quem possa dar valor a elas? Você se considera à parte da sociedade porque é "muito inteligente" ou "superdotado"? Você quer conversar com pessoas que possuam o seu nível de inteligência e/ou interesse, e fazer amizades compatíveis com o teu crânio?

Então, acesse ESTE site: MENSA BRASIL

A MENSA é uma sociedade formada por pessoas de alto QI, fundada na Inglaterra e espalhada pelo mundo inteiro, inclusive aqui no Brasil. Ou seja, só entra quem é crânio. Então, se você conseguir passar no teste de inteligência, que não requer formação acadêmica e apontará se o teu cérebro pertence à categoria dos 2% de superdotados do mundo, você estará entre pessoas que conversam em um nível semelhante ao teu. E, talvez, suas ideias não sejam mais desperdiçadas. Só não vale ficar "exibindo" sua inteligência à sociedade, porque o pessoal não gosta de exibicionistas.

Se você é um crânio, ou se os teus vizinhos dizem por aí que você é muito inteligente ou está muito à frente do teu tempo, então este é o teu lugar.

sábado, 21 de novembro de 2009

Cadabra 3D - Engine nacional para games

Após mais de um ano, eis que eu retorno com mais um gênio desperdiçado.

(Texto dirado do site GameDev.log)

Software desenvolvido por brasileiros ajuda aqueles que querem começar a produzir seus games sem precisar de recursos externos

O game engine Cadabra 3D foi projetado para fornecer um jeito fácil e rápido de desenvolver games. O software suporta animação avançada de movimentos humanos, possui controles para som, aceita plugins, ferramentas desenvolvidas por colaboradores e suporte a efeitos especiais, como sombreamento em tempo real e sistema de partículas.

A versão disponível para download é beta, pois o software ainda está em desenvolvimento. Contudo, é possível criar jogos inteiros com o produto. O Cadabra SDK contém tudo o que você precisa para desenvolver seu game: exportadores, ferramentas, plugins, bibliotecas, demos, exemplos de códigos e tutoriais.

Toda a documentação está disponível na área de download do Cadabra3D.org. Apesar da alma do engine ser verde e amarela pois foi desenvolvido por brasileiros, o site e a documentação está em inglês.

O site está em inglês, mas possui um fórum e um wiki em português. Para fazer o download do programa, clique aqui.


O site continua de pé, mas o projeto não recebe mais atualizações, e seu fórum foi invadido por spambots estrangeiros que vendem medicamentos falsificados. O fórum e a wiki em português foram desativados mas seu conteúdo não foi apagado.

Todavia, o programa é open-source, e o download ainda está disponível neste site:
http://www.cadabra3d.org/

Conheci essa engine quando estava atrás de um "maker" para jogos de luta em 3D. O próximo projeto do criador do Cadabra, antes de ele paralisar seu projeto, era justamente um conjunto de ferramentas para fazer um game de luta 3D.

Puta desperdício...

domingo, 26 de outubro de 2008

Cowboy - Mais um grande projeto desperdiçado...





Mais um caso de desperdício de tecnologia brasileira em prol dos estrangeirismos.
Desenvolvemos o computador de baixo custo para as escolas, que custaria menos de R$ 500, e ele sequer foi mencionado no programa UCPA (Um computador por Aluno) do Governo federal.
Quer saber mais sobre ele? Conheça o Projeto Cowboy através do link abaixo:
Este computador poderia se transformar em um netbook que se transforma em videogame, pois o sistema de deslizamento de tela para se transformar em um e-book foi coisa de gênio.
Textos abaixo retirados do site do projeto:
O projeto foi desenvolvido com base no conceito de "Computação Confortável", que permite uma navegação mais simples, organizada e intuitiva. No sistema operacional, com o objetivo de melhorar as funções multimídia e simplificar as configurações de hardware, foram avaliados vários modelos de software e a melhor combinação encontrada foi modificar uma versão aberta do Windows CE.
O protótipo também dispensa o uso do mouse em função de sua nova proposta ergonômica, onde cada aplicação pode ser acessada por uma única tecla. A dissipação de calor desse produto é de apenas 1 Watt, muito inferior a de um processador tradicional, que gera cerca de 50 Watts de calor, e com isso, também dispensa o uso de ventoinhas.
O custo de produção do protótipo foi de US$ 250 na sua versão mais simples. (...) dependendo do tipo de parceria que seja firmada com a indústria nacional, a tendência é que o preço final seja ainda menor. Isso é possível porque esse 'super PDA' foi totalmente projetado e desenvolvido no Brasil.
Todo o projeto, da placa mãe ao gabinete, pode ser fabricado no Brasil, tanto que já existem produzidas algumas unidades da placa-mãe fabricadas localmente. Além disso, os projetos de hardware, software e design foram desenvolvidos dentro do Centro de Inovação da Unesp, responsável pelo desenvolvimento do "Cowboy" com o apoio das empresas Tecnequip e MSTech. A idealização, o conceito e a execução do novo produto foram coordenados pelo grupo de pesquisas LTIA (Laboratório de Tecnologia da Informação Aplicada) do Departamento de Computação da Unesp de Bauru.
Mais informações sobre o projeto:
Coordenador do LTIA: Prof. Dr. Eduardo Morgado: emorgado@fc.unesp.br
Coordenador de Projeto: Mestrando Daniel Igarashi: igarashi@ltia.fc.unesp.br
Depto. de Computação, Faculdade de Ciências, UNESP-BauruLTIA - Laboratório de Tecnologia da Informação AplicadaTel. (14) 3011-1596http://www.ltia.fc.unesp.br/

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Link para vários inventores

Alguns deles, consagrados, e outros esquecidos, nos mais variados assuntos. Tudo o que foi inventado aqui no Brasil ou por gente do Brasil está nesta página:

http://www.inova.unicamp.br/inventabrasil/indexn.htm